Professor de Direito da Urcamp, Rafael Moreira palestra em evento do Comung

Como forma de integrar o ambiente acadêmico de vários locais, dentro do ambiente virtual, o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), por meio do Grupo de Trabalho de Internacionalização, está promovendo, em todas as terças-feiras, uma série de webinars. São 13 eventos em diferentes idiomas, com participações de professores e pesquisadores das instituições que fazem parte do Comung. A proposta é abordar estudos e projetos com temas relacionados à covid-19, saúde, exploração sexual, biotecnologia, agenda 2030 na comunidade Latino-americana, cooperação e migrações.
Na terça-feira (8), a programação ficou por conta do professor de Direito da Urcamp, Rafael Bueno da Rosa Moreira, que abordou o tema “Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes”. Segundo ele, trata-se de uma violação de direitos decorrentes de práticas de violência sexual e de uma das piores formas de trabalho infantil. “É uma atividade que decorre da realização de uma oferta de atividade de cunho sexual por uma criança ou adolescente, tendo uma contrapartida financeira ou sendo uma estratégia de sobrevivência. Consistindo numa prática exploratória, em geral, realizada por adultos, que ocorre mais costumeiramente contra meninas pobres e negras”, contextualiza.
O tema, aliás, é alvo de pesquisa de Moreira desde 2013, enquanto fazia mestrado. Posteriormente, acompanhou o docente no doutorado até o início de 2020. Atualmente, Moreira realiza investigações sobre o assunto para um pós-doutorado, delimitando na perspectiva da exploração sexual comercial na internet.
Durante a apresentação, Moreira também fez menções aos projetos de pesquisa e extensão coordenados por ele, na Urcamp, desde 2013, que é o Grupo de Pesquisas sobre Direitos Humanos e Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes (GEDIHCA). O trabalho já resultou em várias pesquisas publicadas, como artigos científicos em revistas especializadas.
Moreira apresentou, também, os eventos desenvolvidos, como a 1ª, 2ª e 3ª Jornada de Direito da Criança e Adolescente da Urcamp, assim como uma demonstração das redes de pesquisadores que estão em vigor, em âmbito nacional e internacional. Nesse sentido, destaca a parceria com o professor André Custódio, da Universidade de Santa Cruz do Sul; da professora Antonia Picornell, da Universidade de Salamanca; da professora Josiane Veronese, da Universidade Federal de Santa Catarina, e do professor Ismael Souza, da Universidade do Extremo Sul Catarinense.

Vice-reitor tinha apresentado Graduação I

No dia 1º, vale lembrar, a Urcamp já tinha sido destaque nos eventos do Comung. Na ocasião, o protagonismo ficou com o vice-reitor da Urcamp, professor Fábio Josende Paz, que apresentou todo o processo de migração da instituição para a Graduação I, em 2019, e a idealização do Utech I, programação de integração do novo método de ensino da Urcamp junto à comunidade e empresas da região.
O planejamento da Graduação I iniciou em 2017. Para mudar o método institucional, a gestão realizou missões internacionais na Inglaterra, México, Índia, Espanha, Canadá, a fim de entender como estava funcionando à educação nestes países. Para elaboração do modelo, a instituição utilizou como norteadores três questionamentos principais para atender um mercado de trabalho inserido em um novo momento e contexto – o que as empresas querem; que profissionais elas precisam e que profissionais a instituição deve formar para atender a nova demanda.
Em um cenário de desenvolvimento tecnológico frenético, a estimativa é de que, até 2030, cerca de 80% das profissões serão novas e 65% das crianças que entram na escola, hoje, irão trabalhar em profissões que ainda não existem. Para formar um profissional preparado para se adaptar a estas transformações, a Urcamp buscou apoio no modelo de aprendizagem de pirâmide, proposto por William Glasser.
O psiquiatra norte-americano apresenta uma alternativa ao modelo tradicionalmente adotado, expositivo, com metodologias mais dinâmicas e participativas a fim de tornar mais ativo o processo de aprendizagem. O método aponta que 90% do conhecimento está retido na base da pirâmide, onde são encontradas atividades mais práticas - por exemplo, ensinar para os outros gera engajamento de 90% no conteúdo, enquanto praticar o conhecimento em projetos e ações tem 75% de eficácia, enquanto discussões em grupo garantem 50% de aprendizado.